ESTUDOS DA PALAVRA DE DEUS



A Cura Divina
A promessa da cura divina é, por outro lado, um sinal da manifestação de Deus entre os homens. Foi dessa forma que os milagres marcaram o ministério terreno de Cristo, como sinais de sua messianidade (Jo. 2.23; 4.46-54; 6.1-2). Onde quer que o Mestre chegasse, suas operações sobrenaturais convenciam as pessoas a crer nEle como o enviado de Deus (Jo.20.30,31) e introduziam, na atual dispensarão, a presença do Reino de Deus entre os homens (Mt 4.23; 9.35). Esses sinais tinham como finalidade autenticar que Jesus ;era o Filho de Deus(Jo. 3.2). É tanto que no episódio da cura do paralítico relatada em Lucas 6.1 7-26, isso ficou sobejamente demonstrado, pois antes mesmo de curá-lo o Senhor concedeu-lhe o perdão dos seus pecados, causando grande furor nos fariseus por considerarem tal declaração uma blasfêmia. Assim a cura do enfermo diante do povo foi, da parte de Jesus, apenas um sinal de sua autoridade divina para perdoar pecados (v.20-24) Concernente ao ministério da Igreja, a cura divina é um sinal que aponta para a salvação, ou seja, sempre terá como objetivo levar as pessoas a crerem que mais importante do que a cura em si mesma é a salvação da alma. Ela é uma etapa importante na pregação do Evangelho, pois traz para o mundo físico - o corpo - a intervenção milagrosa de Deus tal qual Ele faz no terreno subjetivo - a salvação da alma (Me 16.20; At 8.5- 8). No entanto, ela não pode ter prioridade sobre a salvação, nem se transformar na parte mais importante da mensagem da pregação, como se a cura divina, isto é, a saúde, fosse o maior objetivo a ser alcançado pelo ser humano da parte de Deus. Os sinais acompanham aqueles que crêem, é verdade, como prova da manifestação do braço divino, do imenso :amor compassivo de Deus. O propósito de qualquer milagre deve ser, sempre, o de levar as pessoas à salvação (At 14.3; Rm 15.17-20). Não há em toda a extensão do Novo Testamento qualquer indício de que a promessa da cura divina tenha sido restrita à era apostólica. O livro de Atos, que narra os primeiros anos de existência da Igreja, está pontilhado de curas milagrosas, inclusive na última viagem de Paulo, em direção a Roma At. 28.7-9), e termina de uma forma incomum, sem qualquer encerramento do texto, o que pressupõe a continuidade do ministério de poder que a Igreja exerceu nos seus primeiros anos. Hoje o Senhor ainda quer curar os enfermos! O próprio Jesus deixou claro que os seus discípulos através dos tempos teriam a mesma autoridade para realizar as mesmas obras (Jo. 14.12-14). Por outro lado, o escritor da epístola aos Hebreus afirma que o Senhor não mudou, mas permanece o mesmo para sempre (Hb. 13.8). E o apóstolo Tiago, por sua vez, traz aos crentes três orientações condicionadas à nossa comunhão com Deus: a) "Está alguém entre vós aflito? Ore"; b) "Está alguém contente? Cante louvores", e c) "Está alguém entre vós doente?" Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-âo perdoados" (Tg. 5.13-16). Jesus deixou de realizar muitos milagres por causa da incredulidade do povo (Mt. 13.58). Assim, muitos deixam de receber a cura ou qualquer outro milagre por não exercitarem a sua fé no Senhor, quando, segundo a Bíblia, é por meio dela que nos aproximamos de Deus na certeza de que Ele qalardoa aqueles que o buscam (Hb 11.6). Mas ainda assim, mesmo o crente exercitando a fé, a promessa da cura divina precisa sempre ser olhada sob a perspectiva de Deus, até porque toda a cura está inserida no contexto da transitoriedade da vida humana aqui. O rei Ezequias recebeu a provisão da cura para sua doença e teve a sua vida prolongada por mais quinze anos, no entanto o seu .:lia de se encontrar com Deus também chegou (2 Rs. 20.1-7,21). Deste modo, a cura divina, além de servir como sinal conducente à salvação, cumpre sempre algum propósito divino em nossas vidas antes de irmos ao encontro do Senhor. Isso nos deve levar a refletir, quando somos curados, sobre a razão pela qual o Senhor interveio de maneira milagrosa em nosso inteiro ser, que propósito teve em nos devolver outra vez a saúde e o que Ele espera de nós como resposta ao milagre. Seja qual for a circunstância, a promessa da cura divina tem por fim primeiro e último glorificar a Deus como o soberano Senhor de toda a terra. (Jo. 9.1-3)



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