quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO


O batismo no Espírito Santo cumpre alguns propósitos na vida do crente. Muitos o confundem como algo mágico, manipulado, um objeto sobrenatural para produzir fenômenos que glorifiquem o homem ou lhe traga algum tipo de vantagem, como pensava o mágico Simão, duramente repreendido pelos apóstolos Pedro e João (At. 8.9- 24). No entanto, Deus não dá dons aos homens para produzir espetáculos, para glorificação humana, mas com finalidades bem específicas na sua obra. O batismo no Espírito Santo, com a evidência inicial do falar em línguas (At. 2.1-6; At. 10.44-48; At. 19.1-6), é um revestimento de poder celestial que capacita o crente a testemunhar eficazmente de Jesus e também vencer o mundo dentro de si mesmo e externamente (Jo. 14.17). Enquanto a promessa da salvação lhe provê as vestes do perdão dos pecados e da própria salvação (Is. 61. 10), a promessa do batismo no Espírito Santo lhe reveste de autoridade para vencer os poderes tenebrosos "que combatem contra a alma" (1Pe. 2.11 b). Aqui entra outro aspecto fundamental da promessa do batismo no Espírito Santo. O apóstolo Paulo escreveu aos Efésios afirmando que a nossa luta não é contra a carne e o sangue (Ef. 6.1 0-18). Essa batalha se trava no mundo espiritual, onde as forças demoníacas atuam para destruir a nossa fé. É uma guerra incessante na qual o interesse do Inimigo é o futuro de nossas almas e onde ele emprega os seus agentes mais poderosos para distanciá-Ias de Deus. Assim, esse revestimento vindo do céu permite ao crente combater contra as forças espirituais da maldade no poder do Senhor (Lc. 9.1 ; 10.19; At. 4.7-10), tal qual fizeram os apóstolos nas primeiras horas da Igreja, e não em sua própria força (Zc. 4.6). O crente cheio do Espírito Santo faz bom uso das armas de Deus para resistir aos ataques malignos e triunfar contra todas as ciladas do Diabo. O propósito principal da promessa do batismo no Espírito Santo é conceder ao crente poder para testemunhar a sua fé em Cristo. O Senhor Jesus estabeleceu, em suas últimas instruções aos discípulos, uma correlação direta entre o recebimento de poder e o cumprimento da missão de proclamar o evangelho a todos os povos (At 1.8). Essa conexão determina a finalidade do recebimento da promessa. É tanto que no dia de Pentecostes quase três mil almas aceitaram a Cristo (v. 41). Está implícito aqui que a proclamação das boas novas encontraria toda sorte de oposição, inclusive com o sacrifício da própria vida como revela o livro de Atos e a própria história da Igreja. Portanto, não seria uma tarefa meramente intelectual, para ser realizada com argumentos humanos. Ela demandaria um poder sobrenatural que só é obtido mediante o enchimento renovado do Espírito Santo (At. 4.8, 31 ; Ef. 5.18). Quando pregava em Jerusalém, no dia em que se cumpriu a promessa do Pentecostes, o apóstolo Pedro esclareceu que a promessa não ficaria restrita aos tempos apostólicos; como ensinam os cessacionistas, que descrêem no batismo com o Espírito Santo para hoje. Observe que Pedro (v.39) refere-se aos de sua geração (“avós"), às gerações seguintes ("a vossos filhos"), até onde chegasse o evangelho ("os que estão longe") e àqueles que ao longo da história seriam chamados à salvação ("a tantos quantos Deus, nosso Senhor, Chamar"). É, portanto, uma promessa que ultrapassa as fronteiras denominacionais da igreja e alcança os confins da terra. Muitos não a recebem porque não a valorizam ou porque não são despertados e seus olhos abertos pela pregação bíblica expositiva como a de At. 2.14-39 sobre a atualidade do batismo no Espírito Santo. Buscar é um princípio bíblico do qual o crente não pode abrir mão, pois quem busca tem acesso aos tesouros da graça para uma vida de vitória em Cristo Jesus, inclusive o batismo no Espírito Santo (Lc. 11.9-13).

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